sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tempestade

Foi bom te ver e saber que a tempestade já passou... Agora ela está em mim. Não posso reclamar, não tenho nenhum direito. Eu tive a minha chance e a desperdicei. Infelizmente não sei se haverá outra, mas se houver, peço que dessa vez seja na hora certa.
É, porque, hoje consigo ver que a pessoa certa veio na hora errada. Uma pena a vida ser assim. Por que não é simples: encontramos logo de primeira, aquele para o qual diremos todas nossas aflições e confissões?A matemática da vida não é assim... Desencontros, despedidas, desvios são comuns... Só espero que um dia a tempestade passe, não importa como for.
Eu sei que agora é preciso enfrentá-la e, talvez, eu mereça passar por isso, porque, ainda que sem intenção, eu fiz sofrer. É isso que me mata!Era tudo que eu não queria. Não entendo mesmo porque tem que ser assim... É triste imaginar o que poderia ter sido, ou não!Não quero mais pensar, vou tentar levar minha vida e eu sei que vou conseguir.
Preciso esquecer os olhares tortos que levei, da dor que causei e da tristeza que passei. Eu vou conseguir!Focar num futuro de História e deixar que o responsável por toda a vida se encarregue de proporcionar o melhor para nós!Você é especial e para sempre será e quero que seja feliz seja como e com quem for.Eu sei que estaremos bem, juntos ou não; ou melhor, com certeza juntos, seja como for!


Mariana Rosell

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Majestosa verde e rosa


Vem pro desfile
Majestosa
Nossa querida
Verde e rosa
Na passarela
Ela desfila
A cor do som
A luz da vida
O samba
No pé da mulata
Vem todo vestido
De prata
Reluz por toda
Sapucaí
A baiana
A passista
E a mirim
Vai impecável
Até o fim
E faz tremer
A arquibancada
Com sua alegre
Entoada
Vai mais uma vez
Minha Mangueira
Ensina o carnaval
Estação Primeira


Mariana Rosell

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O carnaval de Aline

Chegou fevereiro, e com ele a festa, a alegria, a correria, a alegoria. Todos se animam, cantam, dançam, viajam e se alegram. Já é normal a agitação. E para Aline seu momento chegou.
Aline não para de ensaiar, não viaja, mas canta e dança e se anima. Para ela, fevereiro é o melhor dos meses, a melhor festa. Tem muita graça o carnaval. A festa mais brasileira de todas, para Aline é comemoração.
Todas as cores da época se unem em duas cores sob a vista de Aline: verde e rosa. É verde e rosa para todo lado no mês de fevereiro. A alegria vira êxtase; a festa, carnaval; o riso, estampa facial; iniciou-se o carnaval.
Mais um se foi. Mas ainda há tempo para Aline sambar. O repique ainda toca e o corre-corre cede por um instante. Mais um carnaval que se encerra, mais um desfile terminado, mais uma Sapucaí se completou. Anda há tempo para sambar, festejar, carnavalizar. Aline tem que sambar.
A saber: Aline é passista da Estação Primeira.


Mariana Rosell

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O carnaval de Renato

Chegou fevereiro, e com ele a festa, a alegria, a correria, a alegoria. Todos se animam, cantam, dançam, viajam e se alegram. Já é normal a agitação. Mas para Renato não tem festa.
Renato não para de trabalhar, não viaja, não canta, não dança, não se anima. Para ele, fevereiro não tem graça, não tem festa. Não tem graça o carnaval. A festa mais brasileira de todas, para Renato não é festa.
Todas as cores da época se unem em uma só cor sob a vista de Renato: o vermelho. É vermelho para todo lado no mês de fevereiro. A alegria vira desespero; a festa, funeral; o riso vira choro; acabou-se o carnaval.
Mais um se foi. Mas já não há tempo para Renato chorar. A sirene tocou de novo e o corre-corre tem que recomeçar. Mais alguém que precisa de ajuda, mais alguém para salvar, mais alguém que pode morrer. Também não há tempo para raciocinar ou hesitar. Renato deve tentar salvar.
A saber: Renato trabalha no resgate do hospital.


Mariana Rosell

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Nina bailarina

Nina menina
Uma bailarina
É tão pequenina
Quer ser dançarina

E pula e dança
E gira a criança
É nossa menina
Doce bailarina

Ela faz pirueta
Salta lá no céu
E toda a letra
Ta lá no papel

De noite termina
Sua fantasia
Põe a sapatilha
E dança a menina

A Nina no palco
Cheirando a talco
Levita no alto
Deita no tablado

A luz se apaga
A dança termina
A turma afaga
A pequena Nina


Mariana Rosell

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Venha cá, meu bem

Venha cá, meu bem
Vamos esquecer o que passou
Deixar de lado toda a dor
E viver um grande amor

Venha cá, meu bem
Que eu preciso de você
Venha a noite aquecer
Para que eu possa adormecer

Venha cá, meu bem
Pra desfazer aquele nó
Pra não deixar que vire pó
Que eu não posso viver só

Venha cá, meu bem
Venha me guiar na escuridão
Venha me dar a sua mão
E tornar o mundo são

Venha cá, meu bem
Fazer de mim a sua musa
Venha tirar a minha blusa
E deixar que eu seduza

Venha cá, meu bem
O nosso tempo é agora
Veja se não perde a hora
Venha logo, sem demora


Mariana Rosell

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Foi o que Carlos disse


Para Carlos Drummond de Andrade


A rosa nasceu
Venceu a rigidez
Trouxe a esperança

O menino era gauche
Anarquista no colégio
Poeta até o fim

Todo o sentimento do mundo
Coube dentro d’um só ser
O menino de Itabira

A aurora se formou
Com o sangue e o leite
Daquele homem que morreu

No meio do caminho tinha
Uma pedra que estava sempre
No meio do caminho

O mundo era vasto
Assim como o coração
Do poeta que chamaria Raimundo

O tempo era partido
E os homens também
Não se tinha ninguém

Carlos disse em códigos
Para muros surdos
Que havia cifras nas palavras

O inseto que cavou
Formou a orquídea sem saída
Foi o que Carlos disse

Não faças poema com o corpo
E agora José?
Foi o que Carlos disse



Mariana Rosell

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Rita Joana Helena

Rita ingrata
Batuca na lata
De blusa regata
E jóia de prata

Rita faceira
Subiu na mangueira
Usou batedeira
Pra dar de boleira

Rita bonita
As noites agita
O povo que grita
Cantando pra Rita

Rita Joana
As ancas balança
E desde criança
E canta e dança

Rita morena
De face serena
Também é Helena
Carioca da gema

Rita é Rita
Rita é Joana
Rita é Helena
E Rita é Rita


Mariana Rosell

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A flor do oriente

Para Nancy

Ainda não sei como dizer
Não to conseguindo escrever
Mesmo assim vou insistir
Em falar sobre a Nancy

A flor do Oriente
Que faz belo o Ocidente

Menina bela e encantadora
Menina meiga e delicada
Talvez seja uma princesa
Talvez seja uma fada

A flor do Oriente
Que encanta toda a gente

Talvez seja uma princesa
Tão bonita e faceira
Traz a cultura japonesa
E funde com a brasileira

A flor do Oriente
Que faz belo o Ocidente

Uma amiga importante
Uma amiga especial
Pôs estrelas na minha estante
E nem era no Natal

A flor do Oriente
Para sempre em minha mente


Eu já sei como dizer
Eu já consegui escrever
E continuo a insistir
Que especial é a Nancy

A flor do Oriente
Minha amiga para sempre


Mariana Rosell

- Parabéns Japa -

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Eu consegui!!!


Obrigada Senhor!!!


Obrigada a todos que me apoiaram!


Feliz demais!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Agonia de um vestibulando

Esse sentimento que domina há tempos e se intensifica a cada momento.foi um ano inteiro de estudo e cansaço e obstinação e livros e exercícios e noites mal dormidas.E agora que o resultado se aproxima os dias parecem não passar.Exatamente o contrário do que acontecia quando as provas se aproximavam e os conteúdos pareciam fugir da cabeça.
Agonia é a única palavra capaz de definir o turbilhão de sentimentos que agora se exprime dentro de mim.Escrever é a única solução, que parece pífia já que as palavras se embaralham e confundem minha mão.
Por que será que tudo se intensifica agora?Por que será que essa tal agonia insiste em me torturar?Será que eu mereço isso?Será que preciso mesmo disso?
Bom, a verdade é que daqui a umas dezesseis horas essa agonia vai acabar e dará lugar a uma dor imensa ou a uma alegria substancial.


Mariana Rosell

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O céu mudou de cor


É bom saber
Que em você eu posso confiar
Só espero te reencontrar
E ver o sol nascer
Como naquele dia
Em que o céu mudou de cor

Quero estar de novo com você
Nem que seja só pra te olhar
E ter certeza
De que você está bem
Que o tempo não te machucou
E se machucou, soube te curar

Eu não estava lá
Seguimos estradas distintas
Mas sempre que olho o céu
Seu rosto está presente
Pra sempre em meu olhar
E minha mente

Quando ouço aquela canção
Relembro aquela situação
Foi tão bom
Vimos o céu mudar de cor
Sim, vimos o céu
E ele mudou de cor


Mariana Rosell