sábado, 25 de abril de 2009

Pingo

Pingo de sol
Pingo de ar
Pingo de dó
Pingo de mar

Pinga no céu
Pinga no mar
Pinga no véu
Pinga no lar

Pingo de amor
Pingo de não
Pingo de dor
Pinga no chão

Pingo amarelo
Pingo azul
Pinga no norte
Pinga no sul

Pinga o pingo
Pingo pinga
Chora o choro
Choro chora

Seca o pingo
Pingo seca
Sorri o sorriso
Sorriso de amor


Mariana Rosell

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ensaio sobre o corpo com a dança I

Com meu corpo expresso o sentimento que a alma sente e os olhos negam... O movimento mostra ao mundo meu interior que inteiro ou em pedaços pode estar... A dança traduz o que não consigo dizer... Nem sempre o que digo é expresso, ás vezes está preso... O meu corpo é o instrumento da minha dança que instrui a minha alma a mostrar o que sou... Triste ou alegre, eu danço... É através da dança que desafogo meu coração... Quando danço é que me exponho ao máximo... Aquele que me viu dançar, viu tudo de mim; como sou e como estou... Posso estar no palco sob a luz ou na escuridão do meu quarto... Quando danço estou em paz... Meu espírito transborda pelas minhas extremidades e parece sair de mim... Me sinto leve como uma pluma... Me sinto bem quando uno meu corpo, minha alma, meu espírito e tudo que há em mim no movimento da minha dança!

Mariana Rosell

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ouvi uma margarida falar

As flores não costumam falar
Mas podem falar sim
Basta olhar, imaginar
Ou apenas ouvir

Mas um dia desses
Sei lá
Ouvi alguém sussurrar

O que, não sei muito bem
Só sei que eu ouvi
Chamou de ‘meu bem’
E eu até sorri

Você pode não acreditar
Mas eu tenho certeza
Eu estava lá
Ouvi uma margarida falar

Pode ter certeza
E até confirmar
Quando eu estava lá
Ouvi uma margarida falar

Ouvi uma margarida falar

A ouvi cantar
A ouvi sussurrar
A ouvi chorar
Mas a vi sorrir

Mariana Rosell

sábado, 11 de abril de 2009

Luís

Ele faz e acontece
Deixa todas a seus pés
Não sei dizer se é bonito
Mas tem algo que encanta

Não sei se é a boca
Nem se são os olhos
Se é a fala inteligente
Ou a timidez de inocente

No fundo dos olhos
Está a delicadeza
E em tudo que ele faz
Está sua beleza

Das mulheres é o sonho
E dos homens, pesadelo
Quando ele passa
Não se nora mais ninguém

Vem de chapéu
E violão na mão
A atenção é toda sua
E começa a canção

Então ele canta
Conquista e encanta
Vai embora, mas fica
Nos sonhos das moças


Mariana Rosell