
A rosa nasceu
Venceu a rigidez
Trouxe a esperança
O menino era gauche
Anarquista no colégio
Poeta até o fim
Todo o sentimento do mundo
Coube dentro d’um só ser
O menino de Itabira
A aurora se formou
Com o sangue e o leite
Daquele homem que morreu
No meio do caminho tinha
Uma pedra que estava sempre
No meio do caminho
O mundo era vasto
Assim como o coração
Do poeta que chamaria Raimundo
O tempo era partido
E os homens também
Não se tinha ninguém
Carlos disse em códigos
Para muros surdos
Que havia cifras nas palavras
O inseto que cavou
Formou a orquídea sem saída
Foi o que Carlos disse
Não faças poema com o corpo
E agora José?
Foi o que Carlos disse
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