domingo, 22 de fevereiro de 2009

O carnaval de Renato

Chegou fevereiro, e com ele a festa, a alegria, a correria, a alegoria. Todos se animam, cantam, dançam, viajam e se alegram. Já é normal a agitação. Mas para Renato não tem festa.
Renato não para de trabalhar, não viaja, não canta, não dança, não se anima. Para ele, fevereiro não tem graça, não tem festa. Não tem graça o carnaval. A festa mais brasileira de todas, para Renato não é festa.
Todas as cores da época se unem em uma só cor sob a vista de Renato: o vermelho. É vermelho para todo lado no mês de fevereiro. A alegria vira desespero; a festa, funeral; o riso vira choro; acabou-se o carnaval.
Mais um se foi. Mas já não há tempo para Renato chorar. A sirene tocou de novo e o corre-corre tem que recomeçar. Mais alguém que precisa de ajuda, mais alguém para salvar, mais alguém que pode morrer. Também não há tempo para raciocinar ou hesitar. Renato deve tentar salvar.
A saber: Renato trabalha no resgate do hospital.


Mariana Rosell

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