quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Das flores e do povo

Brotam novas a cada dia,
Ao amanhecer se entregam
Ao mundo, as flores de toda
A vida.

Desperta cansado todo dia
O povo humilde que se entrega
Ao poder de todos os senhores,
Os mandantes.

E elas crescem e desenvolvem
As cores; e as flores
Fazem da cidade algo
Um pouco mais colorido.

E ele vai comprimido
Pelos seus pares, pelos trilhos
E trajetórias semelhantes,
Massacrantes.

Perfumam, embelezam, sorriem,
Fazem sorrir, cheirar e amar.
À noite repousam sua beleza
Para no dia seguinte brotar.

Caminha, corre, sorri;
É feito cochilar pelo desgaste.
À noite repousa seu corpo cansado
Para no dia seguinte despertar.

E assim se dá a rotina
Semelhante ou dispare,
Porque das flores e do povo
Só difere o teu olhar.


Mariana Rosell

Um comentário:

Pedro Leco, disse...

Lindo demais.

Antepenúltima estrofe muito linda. E final maravilhoso!!!

Lembrou-me um pouco Deus Lhe Pague pelo aspecto "povo cumpridor de ordens e vida massacrante".

=]

Parabéns.