sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Caos

O caos se fez em minha vida
Quando atravessou a avenida
Triste foi ver sua partida

O caos caiu sobre meus braços
Quando ouvi longe seus passos
Triste foi romper os laços

O caos dorme ao meu lado
Quando relembro o passado
Triste partiu sentindo-se enganado

O caos compõe a minha rotina
Quando cai a chuva fina
Triste é não ter mais ser sua menina

O caos toca em meu rádio
Quando você deixou o estádio
Triste foi ver todo o seu ódio

O caos se integra a meus relatos
Quando revejo os retratos
Triste é assumir os fatos

O caos é o meu consolo
Quando te vejo feito um tolo
Triste é não ter você no meu outono

O caos é minha liberdade
Quando deixa a cidade
Triste é não ter sua amizade

O caos se faz na madrugada
Quando me sinto tão gelada
Triste é dormir abandonada

O caos me causa um torpor
Quando aflora aquela dor
Triste é não ter o seu amor

O caos quase me faz feliz
Quando me sinto por um triz
Triste é não ter o tom matiz

O caos é o meu tormento
Quando relembro o tormento
Triste é não ter nosso rebento

O caos é sempre presente
Quando revejo nossa gente
Triste é manter você na mente

O caos um dia vai embora
Quando, eu não sei a hora
Triste é não ser agora


Mariana Rosell

2 comentários:

Pedro Leco, disse...

O pior caos (algumas vezes eu entendo que o único caos real) é aquele que acontece dentro de nós mesmos por inúmeros motivos.

Aquele caos inventados pela TV, pela sociedade, logo passa. Se é que existe. Mas o que está dentro da gente requer muito esforço pra ser superado.

Viajei?

Mari Rosell disse...

Não...Faz completo sentido!!!Hehe