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Esquina de rua
De terra e carvão
Caco de telha
Poeira no chão.
Muda de mel
E céu azulado
Flor de papel
No canto apagado.
Pergaminho em garrafa
Mensagem cifrada
Nadando em rio
Repleto de água.
Colibri a voar
Na mata fechada
Casa na árvore
Clube de nada.
Mariana Rosell
Em tom amarelo
Ele veio de verde
Com olhos azuis
E boca vermelha
De camisa laranja
E luva branca
E sapato preto
Fez as cores colorir
Em tom azulado
Ela veio de preto
Com olhos vermelhos
E boca sem cor
De blusa branca
E nua de calça
Sem luva, sem nada
Fez das cores sua dor
Mariana Rosell
Na claridade ou escuridão
Só resta a lembrança
De uma vida que se foi
Vazia de atenção
E alegria e afeto
Tudo o que um dia foi inteiro
E quebrou partiu
Fez-se pó
E o pó é cinza do que veio
Lembrança do que passou
Tempero de quem se amouCompanheiro da solidãoMariana Rosell
À noite. O centro.
Não é dia de festa.
As ruas não estão tomadas
por multidões.
O centro é tomado por quem
o tem como casa.
Pessoas deitadas, espremidas
sob marquises estreitas,
misturadas aos ratos
que celebram a comida.Mariana Rosell
A gente tem certeza
de que ama alguém
quando só de ouvir a voz dela
um sorriso surge
e o coração se conforta
em saber que
mais uma vez se pode ouvir
o som da
quietude. Mariana Rosell
Vivia na terra e buscava o mar;
Chegaram em casa, bateram à porta,
Convidaram a migrar para uma nova terra,
Construir uma cidade nova, diferente, única,
Moderna.
Migrei.
Levei família e o pouco que tinha,
Deixei a terra, o lar e o pouco que tinha.
Ao chegar, tinha vasto campo,
Um planalto bem no centro
Do país do futuro, em construção.
Tinha plano, tinha terra,
Não tinha mar, não tinha nada.
Fizemos prédios, fizemos igreja,
Fizemos lago, fizemos casas,
Fizemos tudo, não tivemos nada.
De tudo que construí nada era meu;
No plano bonito e perfeito da cidade do futuro
Não cabia gente pobre, gente humilde.
O homem desfilava de carro novo
Pelas ruas que eu asfaltei e eu
Não posso usar o hospital
Que eu mesmo pintei.
Expulso eu fui do lugar que montei.
Hoje eu moro abandonado, esquecido,
Ao redor da cidade do futuro.
Olho de longe, sou mal quisto.
Ao lado dos corpos que não resistiram
Sucumbem os que sobrevivem
À Margem da imagem futurista
Da cidade do futuro.
E paradoxal!Mariana Rosell
E quando a saudade aperta,
É o amor que se manifesta.
Reflexo claro e óbvio
Do que bate dentro do peito
É a lágrima que escorre,
Docemente,
Pela face que mais uma vez sorri.
Pois vem de novo uma luz,
Amarela,
É o girassol da janela,
De amor e
De carinho;
Presença constante
No meu dia-a-dia. Mariana Rosell
C'est l'amour qui sourire
Les nuages s'écartent
Le soleil brille comme fleur
La vie revient
Une mer inonde mon âme
Les lumière allumer ma douleur
Tout disparaît
Il ne reste que le sourire
La joie de vivre
A chaque instant intensément
Complet, entier
Pour l’amour pleinement Mariana Rosell
Dois mil e dez tem copa do mundo, a primeira na África. Muita festa, muita comemoração, mas de que adianta? Sim, a copa será na África, mas jamais será da África. A copa de dois mil e dez é de poucos. Dos poucos que podem pagar para desfrutá-la.
Orgulham-se mundo a fora de realizar a competição no continente mais pobre e sofrido do mundo, mas para isso escolhem seu país mais rico. Num continente de pretos, escolhem um país de brancos e olhos azuis. No continente da AIDS e da fome são construídos hotéis cinco estrelas e estádios supermodernos (que ao término da competição, provavelmente, estarão às moscas-bicheiras) e para as greves dos trabalhadores explorados (que nunca entrarão no hotel ou estádio que construíram como hóspedes ou expectadores) ninguém no mundo dá bola.
É claro, é mais fácil e necessário ignorar, afinal, quem quer macular a imagem bonita tão bem construída pelos organizadores da FIFA e interessados de que uma copa do mundo é tudo o que os africanos necessitam?
No país do Apartheid não se fala em Mandela. Será mesmo que a segregação acabou? Talvez sim, constitucionalmente. No entanto, a divisão ainda se dá, tão simples quanto a da lei. Para os brancos, riqueza, olhos azuis, conforto e copa do mundo; para os pretos, pobreza, olhos vermelhos, exploração e bola furada.
No meio da multidão que grita “Bafana, Bafana!” estão os que sofrem, durante um mês estarão mesclados com os poderosos; mas ao apito final a copa se acaba e os estrangeiros retornam de primeira classe. Aos africanos só resta a vuvuzela calada.Mariana Rosell
O toque da areia
A brisa do mar
O sol que bronzeia
O cheiro de terra no ar
Em volta as montanhas
Frontalmente o horizonte
Que toca o mar pelas entranhas
E faz da água nossa fonte
Bela praia
Leve brisa
Sal do mar
Sabor da vida
O céu azul
As árvores a farfalhar
O som das ondas
Quebrando no mar
Sensação de vida
Sensação de prazer
Sensação de melhora
Sensação de renascer
Nuvens fogem
Pelo mar afora
Com o mar na minha frente
Me sinto bem melhor
Areia fina
De cor branca
Grama verde
Forra a montanha
Azul do céu
Azul do mar
Verde da montanha
Amor no arMariana Rosell
Tatuei seu rosto
Por todo o meu corpo
Tatuei seu nome
Para jamais esquecer
Fiz de você
Marca permanente
Que brotou a semente
Do meu novo ser
Você ta marcado
Colado
Grifado
Em mim
Tatuei você
Tatuei você
Tatuei em mim
O rosto que mais amei
Você está marcado em mim
E vai ser sempre assim
Com seu nome
Seu rosto, você em mim
Permanente
Insistente
Consistente
Tatuado em mim Mariana Rosell
A tecnologia que destrói o belo
tira do sol o amarelo
submete todo o Sul
tira do mar o seu azul
pinta de cinza a paisagem
que irriga e faz drenagem
faz voar e faz matar
faz sorrir e faz chorar
traz a fome, traz a sede
tira da mata o seu verde
vem a noite, vem a lua
tira a grama e põe a rua
polui o rio e os ares
derrete o gelo
aumenta os mares
destrói lares
trouxe a modernização
sem pensar na extinção
na destruição
na poluição
na submissão
na obrigação
na contradição.Mariana Rosell
Terra de amores, flores e cores
Terra de bares, mares e lares
Terra de vigários, operários e itinerários
Terra de Gil e Caetano
Terra de Gal e Bethânia
Terra de Dorival do samba
Terra de histórias
Terra de glórias
Terra de oratórias
Terra de sóis
Terra de anzóis
Terra de lençóis
Com ou sem
Todos os seus santos
Ainda mantém
Todos seus encantos
Terra verde e amarela
Terra branca e anil
Talvez seja a mais bela
Terra do nosso BrasilMariana Rosell
Hoje cheguei a sangrar por dentro
Porque me fez lembrar o ungüento
Daquela noite bordado de sol
Que observei emaranhada no lençol
Envolvida nos laços dos seus braços
Fiquei, permaneci, enterneci
Preenchi com amor todos os espaços
E com lençol e sol nos cobri
Desfeito nosso olímpico ninho
Eu parti deixando você sozinho
Embaraçado, embolado no lençol
Parti sozinha, deixei o sol
Deixei só, você no lençol
Deixei você somente com o sol
Vim só, senti saudade
De toda sua claridade
Vamos reencontrar o lençol
Trago o amor e você o sol
Em nosso ninho
Só restará amor, sol e carinho Mariana Rosell
É, agora vai ser assim
Eu com você
E você sem mim
A nossa flor se perdeu
Dei ao primeiro que
Passou quando a lua acendeu
Nossa taça se quebrou
Junto com o amor
Que há tempos se acabou
Tudo o que era seu eu joguei
Pela janela do quarto
Que um dia eu usei
Você saiu pela porta
E não estranhei
A nossa história já era morta
Mesmo com o pequeno ruído
Que você fez ao ir embora
Eu sabia que você tinha saído
Melhor assim
Eu com você
E você sem mim
Do que era seu
Guardei apenas o bilhete
Que na chuva você me deu
Mesmo molhado, borrado
Sujo e rasgado
Ele sempre será guardado
Ah!esse bilhete
Representa todo o nada
Que um dia foi tudo
Tudo que agora
Está apenas no bilhete
E na sujeira embaixo do tapete
Nossa foto é com o tempo
Ele irá apagar
A lembrança do nosso momento
Joguei quase tudo fora
Arranquei até as cortinas
Que você não levou embora
Na parede aquele quadro
Está quase destruído
O vidro é todo estilhaçado
Por causa daquela flor
Toda de pedra
Que você jogou na parede
Querendo acertar o nosso amor
Você errou o alvo cego
E acertou o quadro verde
O que você pensa agora
Tanto faz
Sua opinião não mais me importa
Fizemos questão de separar
O que parecia estar unido
Mas na verdade só faltava quebrar
Os cacos da nossa união
Escondi no cofre
Nem tentei colar em vão
Nossa almofada colorida
Não está mais
Nem perfumada nem preenchida
O violão você deixou
E aqui vai ficar
Para eu lembrar do que passou
Devolve-me a flauta
Que você roubou
Ela é minha, toda minha
Na mesa do café
Ficou o guardanapo
Embrulhando a minha colher
Juro que tentei correr
Pra tentar me despedir
Mas você fez questão de se esconder
Então pegue essas palavras
Pois elas serão as últimas
Por elas vou me despedir
Tudo o que é seu está no chão
O meu novo telefone
Anotei num papel de pão
Se um dia quiser ligar
Não tenha dúvida
Ainda tenho algo a falar
Mas se acaso estiver ocupada
Não se iluda
Estarei com alguém que me faça sentir muito mais amada Mariana Rosell
Ele veio como quem não sabia o que dizer, mas na verdade ele não sabia como dizer. Tocou em meus braços, segurou minha mão e acariciou meu rosto com todo amor que sentia por mim. Senti que ele queria me falar algo, mas não achava as palavras. No fundo dos olhos mais lindos que eu já vi, havia uma dor, muita dor.
Não suportando me olhar profundamente, ele se virou de lado e parou durante instantes. Ao fim de sua pausa, que para mim pareceu eterna, ele disse palavras desconexas das quais não pude extrair nenhum significado. A única coisa que conseguia observar era a dor no fundo dos olhos dele.
Eu queria ajudá-lo, penetrar na mente dele para poupá-lo do sofrimento de ter que pronunciar aquelas palavras que insistiam em não sair. Então me esforcei para decifrar os códigos da angústia que habitava e intensificava a dor no fundo dos olhos dele.
Percebia que algo o estava incomodando muito. De repente, entendi; no gesto simples e no lamento da expressão, pude compreender que aquele era o adeus. Então só conseguia ver a dor no fundo dos olhos dele.
Ao perceber que eu compreendera seus sinais, pareceu respirar aliviado por se ver livre do fardo de ter que me dizer adeus. Ele então me olhou da maneira mais profunda; a dor ainda estava no fundo dos olhos dele, mas agora esta tinha que lutar com o brilho que só aqueles olhos tinham.
Ele não disse nada, abriu a porta e saiu. Mariana Rosell
Et il ya,la pluie à nouveauje me souviens de ma douleur.Les larmes du cielremplacer monqui s'est tarie.Les flux d'eau;propre;je suis à sec.La douleur a séché.Ma tempête intérieurec'est l'éclair et le tonnerre,mon nuage est un fantôme.La solitude est ma rivière,mon bateau a couléet mes saints sont sourds.Tout est pluieextérieur; et intérieur,tout est pierre.La douleur se raidit.La douler blesse,assombrit,tout est sombre.Je crie sans un bruit,je pleure,pas de larmes.Vous avez quitté et a prisma vie, mon sourire,mon eau.Je suis seul.Mariana Rosell
E as sandálias que calçam
Os pés anteriormente descalços
São velhas ou novas,
Tanto faz o seu olhar
Se é o seu andar que
Modifica rotas e destinos,
Traceja caminhos embalados
Pela escuridão da estrada
De terra.
Poeira no ar, vento no rosto,
Cabelos ao vento, corpo ao sol
E o traçado é o mesmo,
Em busca d’água,
Oásis de emoção.
As lágrimas rolam espontaneamente
Nem se sabe porquê,
Apenas sente-se o sal
Temperando os olhos e o suor
Transbordando pelos poros.
E mesmo quando a noite vem
Não há parada nem descanso,
Não há tempo para vida
Só a jornada existe e dribla o sono
Com o canto da alma, interior e natural
Que não passa de lamentação com melodia
Mas quase soa como uma canção de ninar! Mariana Rosell
Para Marcia Villaça
Bailarina, mulher
e agora mamãe.
Talvez o melhor
dos adjetivos
destinados a nós,
mulheres.
Não anula os demais,
apenas intensifica
tudo o que já há de bom!
Ser mãe é mais do que
padecer no paraíso;
é, incondicionalmente,
entregar-se na Terra.
Ser mãe é desejar
mais alguém
do que a si mesma;
é dedicar-se a alguém
dedicando-se a si mesma;
é ser no outro, você
integralmente!
Mariana Rosell
Entre o verde da folhagem que farfalha com o vento e ao som do canto doce dos pequenos pássaros, chego num mundo que abriga um paralelo. Não se pode explicar, é um mundo indescritível, fora do próprio mundo.
Prédios se perdem numa mata disforme e colorida e abrigam conhecimento. Aqui me sinto em casa; uma casa única e quase inatingível.
Não há tempo certo para beleza, todo o ano é tudo belo. No verão é sol acalorado, no outono folhas fazem-se tapete, no inverno é vento fresco e na primavera, carnaval de flores (cores).
É o som da conversa passarinha a trilha sonora desse mundo que me faz tão bem. Sons diversos, pouco identificáveis; com a única certeza de seu tom calmante e confortante.
E é no meio de pássaros, folhas, flores e cores que eu me perco durante as tardes que dedico a minha História.Mariana Rosell
Aquela que faz amar
Aquele que faz retribuir
Mãe e filho a viver
Aquela que faz sonhar
Aquele que faz acordar
Mãe e filho a amar
Aquela que faz remover
Aquele que faz enlouquecer
Mãe e filho a se envolver
Aquela que faz sorrir
Aquele que faz dormir
Mãe e filho a existir
Aquela que faz cantarolar
Aquela que faz proibir
Mãe e filho a desenvolver
Aquela que faz mudar
Aquele que faz inspirar
Mãe e filho a encantar
Aquela que faz reviver
Aquele que faz desenvolver
Mãe e filho a crescer
Aquela que faz conduzir
Aquele que faz sair
Mãe e filho a dividirMariana Rosell
Aquela que faz ninar
Aquela que faz beber
Aquela que faz dormir
Aquela que faz sonhar
Aquela que faz comer
Aquela que faz sorrir
Aquela que só faz banhar
Aquela que só faz sofrer
Aquela que só faz sorrir
Aquela que só faz criar
Aquela que só faz nascer
Aquela que não faz dormir
Aquela que faz brincar
Aquela que faz crescer
Aquela que faz partir
Aquela que só faz ligar
Aquela que só faz mexer
Aquela que só faz parir
Aquela que faz estudar
Aquela que faz correr
Aquela que faz rir
Aquela que só faz cantarolar
Aquela que só faz estremecer
Aquela que só faz cobrir
Aquela que faz andar
Aquela que faz mexer
Aquela que faz colidir
Aquela que só faz preocupar
Aquela que só faz proteger
Aquela que só faz suprir
Mariana Rosell
Aquele que faz chorar
Aquele que faz correr
Aquele que não deixa dormir
Aquele que faz acordar
Aquele que faz adormecer
Aquele que faz sorrir
Aquele que só faz discordar
Aquele que só faz enraivecer
Aquele que só faz existir
Aquele que só faz teimar
Aquele que só faz dizer
Aquece que só faz sair
Aquele que faz mimar
Aquele que faz resolver
Aquele que faz desistir
Aquele que só faz desorientar
Aquele que só faz envolver
Aquele que só faz insistir
Aquele que faz amar
Aquele que faz entristecer
Aquele que faz explodir
Aquele que só faz badalar
Aquele que só faz contorcer
Aquele que só faz discernir
Aquele que faz modificar
Aquele que faz remexer
Aquele que faz conduzir
Aquele que só faz renovar
Aquele que só faz remover
Aquele que só faz permitirMariana Rosell
Pensei muito e a dificuldade em escolher o primeiro texto de 2010 foi enorme. Então, achei que escrever um texto especialmente para a ocasião seria o mais adequado, mesmo que, talvez, ainda seja insuficiente.O fim do ano é sempre da mesma forma: pessoas felizes, pessoas tristes, todos se abraçando, sorrindo ou chorando, muitos presentes, muita comida, muito desperdício e assim por diante. Não que eu não goste, pelo contrário, eu adoro essas datas, adoro ver a cidade toda se enfeitando, luzes, brilhos, pelúcias e papais-noéis vindos diretamente do Polo Norte para um país tropical sob efeitos do aquecimento global. Apesar de tudo, do clima nostálgico, do balancete anual, da saudade de quem foi, da esperança de quem vem; apesar de tudo que se esbanja, eu gosto do Natal e do Ano Novo.Na véspera de Natal é aquela festa e a Xuxa na tevê, contando todo ano a mesma historinha sem graça, alterando apenas as roupas escandalosas e a Sasha, que está cada vez maior. Às vezes também muda os convidados que vão lá dublar algumas músicas natalinas / infantis, mas a Ivete tá lá todo ano; nada mais justo, já que Natal é época de reforçar os laços, de amizade inclusive.Dia 31 tem São Silvestre e todo o ano os quenianos mostram o quanto o investimento brasileiro em esportes que não sejam o futebol ou alguns com mais destaque é insatisfatório. Tem show, tem festa, tem champagne, tem brinde, tem choro e tem uma esperança de que no ano que vai nascer tudo vai ser diferente. E é isso que me incomoda tanto. Não entendo muito bem porque as pessoas acham que só porque vai virar a meia-noite tudo vai mudar, tudo vai ser mais fácil. Nada cósmico acontece, é apenas mais uma madrugada que se inicia. Só porque resolvemos acreditar que um ano termina e o outro começa, não significa que as pessoas vão mudar e o mundo vai melhorar.Não critico a esperança, a desejo, a necessito; mas ela não basta! Ação tem que estar junto, de braços dados, assim como fazemos durante a queima de fogos na Avenida Paulista ou na praia de Copacabana. Porque se não for assim, não vai adiantar nada e no fim desse ano vai ser tudo da mesma forma: Xuxa na tevê, quenianos dando show em terra tupiniquim e gente morrendo aos montes por causa da destruição diária da Natureza pelo Homem e por causa do descaso com a vida.Que venha 2010!Mariana Rosell